Reflexões do Diário

Tags: Santuário

Ano de 1934. No dia da Assunção de Nossa Senhora não estive na santa Missa; a médica não o permitiu — apenas rezei fervorosamente na cela. Em seguida, vi a Mãe de Deus em beleza indizível — e Ela me disse: Minha filha, exijo de ti oração, oração e mais uma vez oração pelo mundo e especialmente pela tua pátria. Por nove dias, recebe a Comunhão reparadora, une-te estreitamente ao Sacrifício da santa Missa. Durante esses nove dias te apresentarás diante de Deus como vítima de oblação, e sempre, em todo lugar e tempo — de dia ou de noite, toda a vez que te acordares, reza em espírito. Em espírito, sempre se pode perseverar na oração.

Diário de Santa Faustina - 325

Assunção N Senhora da

05.08.1933. Festa da Mãe da Misericórdia. Hoje recebi uma grande e inconcebível graça, puramente interior, pela qual sou grata a Deus nesta vida e na eternidade... Diário de Santa Faustina - 266

Nossa Senhora da Misericórdia

Varsóvia, 01/08/1925 Entrada no Convento.

O definitivo chamado de Deus, a graça da vocação para a vida religiosa, eu senti desde os sete anos de vida. Com essa idade, ouvi pela primeira vez a voz de Deus na alma, ou seja, o convite para uma vida mais perfeita, mas nem sempre fui obediente à voz da Graça. Não encontrei ninguém que me pudesse explicar essas coisas. Diário de Santa Faustina - 7

Finalmente, chegou o momento em que se abriu para mim a porta do convento. Foi no dia primeiro agosto, à tarde, na véspera de Nossa Senhora dos Anjos. Sentia-me imensamente feliz, parecia que havia entrado na vida do paraíso. O meu coração só era capaz de uma contínua oração de ação de graças. Diário de Santa Faustina - 7 - 17

 

Há 95 anos a jovem Helena Kowalska (Sta. Faustina) chega a Casa Geral da Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia em Varsóvia , para iniciar sua vida religiosa atendendo ao pedido do Senhor Jesus.

Varsóvia Faustina

 

...) Nesses dois dias recebi a santa Comunhão como ato de reparação e disse ao Senhor: “Jesus, hoje ofereço tudo pelos pecadores, que os golpes da Vossa justiça caiam sobre mim, e o mar da misericórdia envolva os pobres pecadores”. — E o Senhor atendeu ao meu pedido; muitas almas voltaram ao Senhor, mas eu agonizava sob o peso da justiça de Deus; sentia que era objeto da ira de Deus Altíssimo. À noite, o meu sofrimento atingiu tão grande abandono interior que gemidos saíam do meu peito, mesmo contra a minha vontade. Fechei-me à chave em meu quarto e comecei a adoração, ou seja, a Hora Santa. A desolação interior e aquela experiência da justiça de Deus — eram a minha oração. Os gemidos e a dor que saíam da minha alma ocuparam o lugar do doce diálogo com o Senhor.

 

Então, de repente, vi o Senhor, que me estreitou ao Seu peito e me disse: Minha filha, não chores, porque não posso suportar as tuas lágrimas. Concederei tudo o que pedes, mas não chores mais. E inundou-me uma grande alegria e o meu espírito, como de costume, mergulhou Nele como em meu único tesouro. Neste dia conversei ainda mais com Jesus, encorajada pela Sua bondade.

 

E quando descansei junto ao Seu dulcíssimo Coração, disse-Lhe: “Jesus, tenho tantas coisas para Vos dizer”. — E o Senhor disse bondosamente: Fala, Minha filha. E comecei a expor as dores do meu coração, isto é, que me preocupo tanto com toda a humanidade, que “nem todos Vos conhecem, e aqueles que Vos conhecem não Vos amam, como sois digno de ser amado. Vejo ainda como os pecadores Vos ofendem terrivelmente e ainda a grande opressão e perseguição aos fiéis, especialmente dos Vossos servos. Vejo depois muitas almas que correm às cegas para o terrível abismo do inferno. Vede, Jesus, que esta é a dor que corrói o meu coração e os meus ossos e, ainda que me dispenseis o Vosso especial amor e me inundeis o coração com as torrentes da Vossa alegria, tudo isso não acalma os sofrimentos que Vos mencionei, mas antes fere ainda mais vivamente o meu pobre coração. Oh, como desejo ardentemente que a humanidade toda se volte com confiança para a Vossa misericórdia, e então o meu coração ficará aliviado, vendo a glória do Vosso Nome”. — Jesus ouviu essas confidências do meu coração com seriedade e atenção, como se não soubesse disso, como que ocultando diante de mim o Seu conhecimento dessas coisas. Era por isso mesmo que me sentia mais à vontade para falar. E o Senhor me disse: Minha filha, agrada-Me a linguagem do teu coração; pela recitação desse Terço aproximas a humanidade de Mim. Após essas palavras, vi que estava sozinha, mas a presença de Deus está sempre na minha alma.

Diário de Santa Fautina – 927-929

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