Reunião Pastoral 08/04/2017 - A Missão da Pascom

PPT da reunião

Lectio Divina (Jo 11,45-56)

Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”. 49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus. 54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si: “Que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”

Leitura de Aprofundamento

Miranda Prorsus (1957)

A missão de servir a verdade deve unir-se o esforço de contribuir para o aperfeiçoamento moral do homem. As técnicas audivisivas podem dar tal contribuição em três sectores importantes: informação, ensino e espectáculo.

Inter Mirifica (1963)

Por seu lado, os leigos que fazem uso dos ditos meios, procurem dar testemunho de Cristo, realizando, em primeiro lugar, as suas próprias tarefas com perícia e espírito apostólico, e oferecendo, além disso, no que esteja ao seu alcance, mediante as possibilidades da técnica, da economia, da cultura e da arte, o seu apoio directo à acção pastoral da Igreja.

Aetatis Novae (1992)

18. A educação e a formação para a comunicação devem fazer parte integrante da formação dos agentes pastorais e dos sacerdotes.[30] São necessários vários elementos e aspectos para esta educação e formação.

No mundo actual, tão influenciado pelos mass media, é necessário, por exemplo, que as pessoas comprometidas na Igreja tenham, pelo menos, uma visão de conjunto do impacto que as novas tecnologias da informação e dos mass media exercem sobre os indivíduos e a sociedade. Devem ainda estar prontas a partilhar o seu ministério, tanto com aqueles que são « ricos em informação » como com os que são « pobres em informação ». Devem também saber como convidar ao diálogo, evitando um estilo de comunicação susceptível de sugerir domínio, manipulação ou o próprio proveito. Quanto aos que estarão activamente empenhados em trabalhos de comunicação para a Igreja, é necessário que adquiram competência profissional em matéria de mass media, assim como uma formação doutrinal e espiritual.

Documento CNBB 99

133. O comunicador leigo é convidado a atuar no âmbito da educação, para ajudar as novas gerações a compreender a natureza e as linguagens do mundo da comunicação, para que se relacionem de forma crítica e autônoma com a mídia.

214. Em seu papel de construir e disseminar conhecimentos e sobre as relações entre pessoas, comunidades e sistemas midiáticos, favorecendo a adoção de políticas adequadas no setor, a educação para a comunicação tem como metas: 1) promover a formação para os processos dialógicos de relacionamentos; 2) favorecer procedimentos de análise crítica ante os meios de comunicação; e 3) oferecer formação para o uso adequado dos recursos da informação a serviço do bem comum.

244. A Pascom estrutura-se a partir dos documentos da Igreja, dos estudos e pesquisas na área da comunicação e das práticas comunicativas vividas e experienciadas pelas comunidades e grupos, convertendo-se em um eixo transversal de todas as pastorais da Igreja. A expressão "Pastoral da Comunicação" nasce da conjunção de duas realidades que interagem reciprocamente: comunicação e pastoral.

247. As ações comunicativas da Pascom ganham sentido na medida em que colaboram com a ação evangelizadora da Igreja, pois a evangelização, anúncio do Reino, é comunicação. Contudo, não se pode reduzir essa pastoral aos meios de comunicação, pois ela é um elemento articulador da vida e das relações comunitárias.

248. Compreendendo a Pascom em sua abrangência, algumas características se destacam:1) colocar-se a serviço de todas as pastorais para dinamizar suas ações comunicativas; 2) promover o diálogo e a comunhão das diversas pastorais; 3) capacitar os agentes de todas as pastorais na área da comunicação, especialmente a catequese e a liturgia; 4) favorecer o diálogo entre a Igreja e os meios de comunicação; 5) envolver os profissionais e pesquisadores da comunicação nas reflexões da Igreja e 6) desenvolver as áreas da comunicação, como a imprensa,
a publicidade e as relações públicas.

ATA

Na reunião de hoje, a primeira do ano, conversamos sobre 3 assuntos centrais: a missão da pascom, sobre as situações que vivenciamos no dia-a-dia e na comunidade e sobre o quão relevante tem sido nossas atividades pastorais no cotidiano paroquial.

Cada um dos presentes falou sobre seu entendimento da missão da pascom, antes de lermos trechos dos documentos Miranda Porsus (1957), Inter Mirifica (1963) e Aetatis Novae (1992). Destes documentos, observamos a preocupação da Igreja de que os leigos responsáveis pela comunicação tenham espírito apostólico (Inter Mirifica), contribuindo para o aperfeiçoamento do homem (Miranda Porsus) com atenção ao impacto que as novas tecnologias da informação exercem sobre os indivíduos e a sociedade (Aetatis Novae, 18).

Conversando sobre as situações do dia-a-dia com que nos deparamos nas redes sociais, na televisão e em nossa comunidade, entendemos que o trabalho que hoje nos toma maior tempo de trabalho pastoral - o de divulgar informações de eventos - é muito pouco relevante para transformarmos nosso ambiente e daquilo que se espera da missão da pascom. Muitas vezes divulgamos os eventos e ouvimos muitas pessoas dizendo que não sabiam. Por outro lado, das vezes em que informávamos pessoalmente às pessoas na comunidade, a comunicação se revelava mais efetiva, com maior adesão as atividades divulgadas.

A partir desta reflexão, discutimos que precisamos investir mais tempo e esforço na comunicação interpessoal, estando mais próximos das pessoas da comunidade dando informações e esclarecendo dúvidas. Como resultado, surgiram as seguintes propostas:

  • Colocar uma barraca da Pascom na Festa da Misericórdia com o objetivo de servir como um balcão de informações, explicando sobre os eventos da paróquia, retiros, congressos, atividades pastorais, grupos de oração, etc. Para isso, precisaremos organizar todas as informações gerais da paróquia para servir de manual.
  • Incrementar a gestão da informação na pastoral, uma vez que as informações trocadas via grupo de whatsapp são difíceis de resgatar, se perdem e abrem margem para erro, uma vez que as mensagens ainda não finalizadas não são apagadas.
  • Depois da festa, manter esta proposta de balcão de informações - ou barraca da pascom - disponível para atendimento nas missas dominicais. O atendimento deverá ser feito por duplas de pasconeiros.
  • As atividades de divulgação nas redes sociais serão mantidas, sem que tomem muito tempo de nosso trabalho ou que possam atrapalhar nossa comunicação mais próxima da comunidade.