Reunião Pastoral 06/08/2016 - Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil (CNBB99)

Leitura de Aprofundamento

Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil (Documento da CNBB 99)

Teologia da comunicação

34. Na criação do homem e da mulher e de todos os seres, Deus revelou-se como autor e comunicador da vida na sua expressão mais ampla e profunda. O Criador revela-se à humanidade e comunica seu projeto de amor para o primeiro homem e a primeira mulher, conferindo-lhes a missão de serem colaboradores e continuadores do projeto da criação². Portanto, comunicação é dom de Deus, é relação que se estabelece entre o criador e suas criaturas.

Comunicação e vivência da fé

64. A Igreja existe para evangelizar, e sua missão primordial consiste em comunicar a Boa-Notícia do Reino, proclamado e realizado em Jesus Cristo. Isso implica, no mundo contemporâneo, uma pastoral em contínuo estado de missão, com novo ardor, novos métodos e novas expressões. Tal ação pastoral deve alimentar a vivência cristã dos fiéis. Sob esse ponto de vista, a formação cristã, que se realiza também pela Catequese, e a expressão da fé mediante a Liturgia merecem especial cuidado por parte dos pastores e da comunidade eclesial.

O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora

121. Os fiéis cristãos participam da missão sacerdotal de Cristo quando vivem as realidades do cotidiano, como a vida familiar e conjugal, o trabalho, o lazer e as ações comunicativas, em espírito de oração e comunhão com Cristo. Tomam parte igualmente na missão profética do Senhor quando testemunham a própria fé, pela vida e pela palavra, no ambiente onde se encontram. E por fim, realizam a missão real de Cristo quando procuram transformar as realidades do mundo segundo o Reino de Deus, na promoção da justiça e de melhores condições de vida para todos. A Igreja valoriza a condição dos fiéis leigos, no contexto de suas vidas, como uma realidade santificadora, destinada a encontrar Jesus Cristo no cotidiano laical, valorizando o estar no mundo.

O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora - A evangelização da cultura da comunicação

125. Para responder aos desafios dos novos tempos e comunicar a mensagem do Evangelho, a Igreja precisa compreender o contexto cultural no qual os leigos estão inseridos. O Documento de Aparecida diz que “isso exige, da parte dos pastores, maior abertura de mentalidade para que entendam e acolham o ‘ser’ e o ‘fazer’ do leigo na Igreja [...]. Em outras palavras, é necessário que o leigo seja levado em consideração com espírito de comunhão e participação”. Os leigos comunicadores, com experiência e perfis profissionais adequados, integram a missão da Igreja na promoção de um diálogo permanente, nos diversos setores e organismos da sociedade. Os pastores dialoguem com os leigos e com eles busquem discernir maneiras de aprofundar o diálogo com os diversos segmentos sociais no campo da comunicação. Isso não impede que os leigos tomem a iniciativa e, solicitamente, tragam aos pastores suas análises, opiniões e propostas.

O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora - Os jovens, sujeitos ativos da comunicação

127. O Papa João Paulo II diz que “os jovens não devem ser considerados simplesmente como objeto da solicitude pastoral da Igreja: são de fato e devem ser encorajados a serem sujeitos ativos, protagonistas da evangelização e artífices da renovação social”. O Papa Francisco enviou especialmente os jovens a anunciar o Evangelho e a servir aos irmãos, sem medo, com uma força renovada. “A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que os caracterizam” (JMJ Rio 2013).

128. Os jovens que estão presentes nas redes sociais digitais, vistas como um lugar onde se está e se vive, são convidados pela Igreja a dar testemunho cristão nesses ambientes. Algumas peculiaridades fazem dos jovens os protagonistas das novas tecnologias: vivem imersos nesse ambiente, dominam a linguagem das mídias digitais, quanto ao estilo interativo e rápido de se comunicar. É nesse espaço que eles devem fazer resplandecer o rosto de Jesus Cristo, vivendo os valores evangélicos de justiça, de não violência, de paz, de fraternidade, de amizade e de solidariedade. Os jovens são chamados a ser mensageiros do amor de Deus, com palavras, gestos e atitudes, utilizando as novas tecnologias nessa missão.

129. Além da importância do testemunho, os jovens são convocados pela Igreja a desenvolver senso crítico diante da comunicação e das novas tecnologias, e a estar atentos a alguns desvios da cultura contemporânea. As novas gerações, em suas aspirações pessoais, são as mais afetadas por uma cultura de consumo em que tudo é descartável e provisório. Os jovens cristãos precisam identificar quando a comunicação não promove a vida, a dignidade da pessoa humana e o bem comum.

O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora - A comunicação nas comunidades

132. A sociedade da informação e as redes digitais desenvolvem uma nova forma de vida comunitária. As pessoas estabelecem nas redes digitais laços de proximidade além do espaço geográfico e criam relacionamentos sem proximidade física. Elas têm alterado o modo de as pessoas se comunicarem, e as comunidades que nelas surgem atraem e envolvem milhões de pessoas diariamente. Ante essa nova realidade, a Igreja valoriza as lideranças leigas que colocam à disposição para o fortalecimento das comunidades presenciais ou em redes digitais.

133. O comunicador leigo é convidado a atuar no âmbito da educação. Sua missão é colaborar com as novas gerações para que compreendam a natureza e as linguagens do mundo da comunicação, e se relacionem de forma crítica e autônoma com as produções midiáticas. Cabe também, como tarefa, a formação para o uso adequado desses instrumentos a serviço da cidadania, do bem-estar e da evangelização.

134. A comunidade eclesial, a exemplo dos primeiros cristãos, que viviam a proposta do Reino nas suas práticas cotidianas, é o lugar por excelência da experiência comunitária. Nela, os laços de fraternidade, de partilha e de comunicação se fortalecem a partir de um ambiente de comunicação e de encontro centrados na pessoa de Jesus. É na comunidade eclesial que o fiel leigo é chamado a viver uma prática comunicativa centrada nos valores do Evangelho. Valorizar as habilidades dos leigos nas diversas áreas da comunicação pode ser o primeiro passo para a atração e o engajamento na comunidade eclesial.

O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora - Planejamento e ações da Igreja no contexto da comunicação

137. Os agentes da comunicação, nas diferentes realidades, leigos, ministros ordenados e consagrados, precisam desenvolver projetos e trabalhos conjuntos de comunicação, a partir de uma cultura do planejamento e da avaliação das ações comunicativas. É de vital importância promover políticas de sinergia e convergência de comunicação que envolvam todas as pessoas que trabalham com a comunicação na Igreja, em um processo que valorize sempre mais a ação comunitária sobre as ações individuais. É importante definir metas e estratégias de gestão, estabelecer critérios de decisão e promover encontros que valorizem os acontecimentos nacionais, regionais e diocesanos que possam enriquecer a comunidade.

138. Nos últimos anos, constata-se no Brasil um grande incentivo para que, em cada Igreja particular e paróquia, se constitua a Pastoral da Comunicação como estratégia privilegiada da ação evangelizadora. A existência dessa pastoral só é possível graças à colaboração dos leigos presentes nas comunidades que assumem as várias atividades da comunicação, desde planejamento e gestão, até ações específicas como a acolhida dos fiéis, a redação de notícias para os boletins, o cuidado com os murais, a atualização contínua dos sites, a realização de cursos de comunicação para as comunidades, entre outras atividades relativas à comunicação da Igreja.

Para reflexão:
  • (34) Diante de um mundo assolado por fluxos de informação e contínuos processos de comunicação, qual a importância da pastoral da comunicação para que as pessoas consigam ouvir a mensagem de Deus? (...comunicação é dom de Deus, é relação que se estabelece entre o criador e suas criaturas.)
  • (64) O que significa, para a pascom, ser uma pastoral em contínuo estado de missão com novos métodos e novas expressões?
  • (127) De que maneira podemos integrar a pastoral da comunicação aos jovens de nossa paróquia e os jovens à pascom?
  • (129) Quais os riscos que as novas tecologias e o modo de vida contemporâneo trazem à promoção da vida, à dignidade da pessoa humana e ao bem comum?
  • (132 e 134) De que maneira podemos integrar melhor a vivência comunitária física/virtual e fraterna?
  • (133) Quais ações educacionais relevantes a pastoral da comunicação pode trazer à nossa comunidade paroquial?

ATA da Reunião

Presentes na reunião:

  • Geninho
  • Isabelle
  • Eneida
  • Vinícius
  • Dayane
  • Artur Seixas (convidado)
  • Alessandra
  • Marita

A reunião foi iniciada com a oração do Espírito Santo e meditação sobre a passagem Lc 9,28b-36. A leitura dos trechos selecionados do Diretório Nacional de Comunicação foi muito proveitosa para melhor conhecimento das responsabilidades da Pastoral da Comunicação e qual o posicionamento da Igreja diante destes assuntos.

Foi aceita pela equipe a proposta de estudos diversos (ex.: exortações apostólicas, cartas, documentos, história da Igreja, filosofia, etc) nas reuniões de pastoral. Os temas serão trazidos pelo coordenador a cada reunião.

Artur (convidado) apresentou a proposta da realização de palestras/workshops no mês de setembro. Sua palestra será sobre "Excel" e haveriam também 3 encontros com a temática "Orientação vocacional e preparação de currículo", ministrados por Eduarda Naidel e Renata Vasconcelos. Caso elas não consigam disponibilidade de agenda para o mês de setembro, Artur fará sua palestra independentemente de haver ou não outras. Geninho também se disponibilizou a realizar 2 aulas sobre "Comunicação Visual" e "Edição de Imagens".

Foram apresentados os eventos do mês de agosto, necessários para divulgação e cobertura. Nenhuma ação estruturada foi definida e os trabalhos seguirão conforme a disponibilidade dos integrantes.

Alessandra Fernandes participou pela primeira vez da reunião e é a nova integrante da pastoral.