Sexta-feira santa
Quando me concentro na Paixão do Senhor, frequentemente vejo Nosso Senhor na adoração, da seguinte maneira: após a flagelação, os carrascos levaram-No e tiraram-Lhe as vestes, que já se tinham colado às feridas. Ao tirarem Suas vestes, renovaram-se as Suas chagas. Em seguida, cobriram o Senhor com um manto de púrpura, sujo e rasgado, jogando-o sobre as chagas renovadas. Esse manto, apenas em alguns pontos, atingia os joelhos. Mandaram, então, que o Senhor se sentasse num tronco. Fizeram uma coroa de espinhos e colocaram-na na Sua santa Cabeça, pondo-Lhe ainda um caniço nas Suas mãos e zombando Dele. Inclinavam-se diante Dele como diante de um rei, cuspiam no Seu rosto, enquanto uns pegavam o caniço e Lhe batiam na cabeça, outros infligiam-Lhe dores esbofeteando-O ou cobrindo-Lhe o rosto, davam-Lhe murros. Jesus suportava tudo em silêncio. — Quem compreenderá a Sua dor? Jesus olhava para o chão, e eu senti o que então estava acontecendo no dulcíssimo Coração de Jesus. Que toda alma reflita sobre o que Jesus sofreu nesse momento. Rivalizavam uns com os outros em insultos ao Senhor. Eu ficava refletindo de onde vinha tanta maldade no homem? E, no entanto, é o pecado que causa isso — encontrou-se o amor com o pecado. Diário de Santa Faustina - 408